sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Estudo mundial confirma preferência das empresas por modelo de gestão estratégica utilizando conceito do Balanced Scorecard

Estudo mundial confirma preferência das empresas por modelo de gestão estratégica utilizando conceito do Balanced Scorecard


De um lado está uma grande empresa de transporte ferroviário com intuito de organizar o esquema de remuneração variável para o grupo de gestores; de outro, uma pequena escola de idiomas com necessidade de mobilizar seus departamentos em torno das metas estratégicas de longo prazo. O que elas têm em comum? Solucionaram seus problemas por meio da utilização do Balanced Scorecard (BSC) como modelo de gestão estratégica. A opção tem sua justificativa. Segundo estudo realizado em 45 países e recém-publicado nos Estados Unidos no livro SCORECARD BEST PRACTICES (Design, Implementation, and Evaluation), o BSC é a metodologia mais utilizada como modelo de gestão de performance - 62% das empresas utilizam essa ferramenta.

O dado faz parte desse amplo estudo, coordenado pelos norte-americanos Raef Lawson (Pepperdine University), William Stratton (The State University of New York at Albany) e Toby Hatch (Oracle), que contou com o apoio e coordenação no Brasil do consultor Roberto Campos de Lima, sócio da 3GEN – empresa de consultoria e educação em gestão estratégica. Especialista em introduzir a metodologia do BSC nas empresas, Lima estará no próximo dia 5, às 13h30, no ExpoManagement 2007, ministrando a palestra “Executando a estratégia com o Balanced Scorecard”. A apresentação acontecerá no Auditório 5 - HSM Management do Transamérica Expo Center, em São Paulo.

Segundo ele, um dos principais atributos do BSC é a sua capacidade de solucionar a dificuldade que muitas empresas têm de colocar na prática as estratégias definidas nos processos de planejamento e estabelecendo um processo contínuo de gestão. “É essa característica que o faz ser tão utilizado. Não basta planejar e implementar um modelo de gestão estratégica, é necessário manter um gerenciamento eficaz e contínuo para se alcançar os objetivos estabelecidos durante o planejamento”, diz.

Muito utilizado em grandes empresas, o Balanced Scorecard foi a metodologia escolhida pela MRS Logística, empresa de transporte ferroviário de carga que possui mais de 3.400 funcionários, para implementar um modelo de gestão estratégica. “Com a reestruturação da área de Recursos Humanos em 1998, houve grande expectativa quanto à introdução de remuneração variável para o grupo de gestores, em função da necessidade de desafios provenientes do processo de desestatização e de resultados desafiadores”, diz o líder do processo de Direcionamento Estratégico da MRS Logística, Joaquim Luiz de Barros Vianna.

Mas o modelo não é utilizado exclusivamente por empresas de grande porte. Após provarem sua eficácia em organizações com esse perfil, especialistas do mundo todo passaram a também indicar a implementação do BSC em pequenas e médias companhias. O consultor reafirma que para uma efetiva gestão estratégica, independente do tamanho da empresa, é importante sistematizar a análise do desempenho da organização, avaliando constantemente os objetivos, indicadores e projetos estratégicos.

Na escola de idiomas Just in Time, por exemplo, a estratégia é avaliada semanalmente, de acordo com os resultados atingidos. Se os resultados previstos não se concretizam, imediatamente a liderança reage e faz adequações para retomar o roteiro planejado. Isso só é possível por meio da utilização do conceito do BSC. Segundo a sócia-diretora Aurea Weber, a necessidade de implementar um modelo de gestão surgiu da percepção de pouca mobilização entre os departamentos da escola em torno das metas estratégicas de longo prazo.

Após o processo de implementação e gerenciamento do modelo de gestão estratégica, é o momento de avaliar o tão aguardado resultado. Tanto na Just in Time quanto na MRS Logística, a utilização dessa metodologia trouxe resultados positivos. Na escola de idiomas o novo modelo de gestão estratégica refletiu na diminuição dos cancelamentos de cursos (índice que chegou quase a zero), aumento de 10% no faturamento em relação ao ano anterior à utilização do BSC e motivação da equipe.

Com dados não muito diferentes, a MRS apresentou números que acompanharam seu porte. A empresa registrou crescimento médio anual de 12% entre 2002 e 2006, contra 8% nos anos anteriores. Já o lucro anual conquistado foi 15% superior entre 2003 e 2006. “Conforme o BSC foi sendo utilizado como ferramenta estratégica (mais intensivamente a partir de 2002) para se colocar na prática um objetivo corporativo, os resultados foram expressivos: lucro líquido, redução da dívida, aumento do patrimônio líquido, confiabilidade, produtividade de ativos, clima organizacional, entre outros”, revela Barros.

Estudos de caso como estes serão apresentados na palestra de Roberto Campos de Lima, no ExpoManagement 2007. O consultor ainda mostra detalhadamente este processo ideal para implementação de uma gestão estratégica contínua e eficaz alertando o público presente para os desafios da execução da estratégica.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Mantra

Pessoal,

Uma visão um tanto radical, talvez, mas também pode ser a se considerar...

Mantra
Bob Wollheim - 09/11/2007
Bob Wollheim

Quando a Internet dava seus primeiros passos, em 95, criei a Yes!Design, voltada para a produção na Internet, e virei um dos pioneiros da Web brasileira. Uns três anos depois, virei presidente da StarMedia no Brasil. Morei em Nova Iorque, participei do IPO da StarMedia e, em 2000, fundei com mais três sócios a Ideia.com, trazendo para o Brasil o conceito de Strategic Economic Network para projetos de Internet e Tecnologia. Hoje sou sócio da Sixpix (Fotosite, S/N, Pix) e do e-Lab SSJ. Sou empreendedor e aventureiro, no melhor dos sentidos - viagens de jipe mundo afora - e apaixonado por ambos. De empreendedorismo falo sem parar, escrevi um livro, publico um Blog semanal e dou palestras Brasil afora.

Uma das palestras em vídeo que mais gosto de ver - e de rever de vez em quando - é a do Guy Kawasaki, da Garage, empresa americana de Venture Capital e ex-evangelista da Apple, na qual ele discorre sobre seu livro "The Art of the Star" (A Arte do Começo). Se você ainda não viu, veja aqui http://video.google.com/videoplay?docid=-3755718939216161559.

A palestra é tão bacana que no ResultsON Day projetamos ela em vídeo e convidamos o Marco Perlman (Digipix e ex-GP Investimentos) a comentá-la ao vivo. Foi sensacional. Guy aborda vários pontos com uma simplicidade de dar gosto e, claro, com um sarcasmo e uma ironia que lhe são peculiares.

Um dos pontos altos é quando ele descreve como as empresas não devem ter posicionamentos ou missões complexas, holísticas e incompreensíveis e sim MANTRAS, que devem ser simples, diretos e que têm que dispensar explicações para serem compreendidos.

Ele cita várias missões de empresas que são totalmente incompreensíveis e que, na tentativa de satisfazer clientes, acionistas e funcionários, se tornam uns elefantes brancos, absolutamente sem sentido.

A rede de lanchonetes Wendy’s, que ele diz adorar simplesmente por ter quatro filhos, tem uma missão que é mais ou menos assim: “A missão do Wendy’s é fornecer produtos e serviços de qualidade superior para nossos clientes e comunidades através de liderança, inovação e parceria”, ou seja, uma coisa quase de outro mundo.

Guy, com toda a sua objetividade, diz que o Wendy’s precisa de um mantra simples, direto e que todas entendam... não essa coisa complexa e até estranha, pois ele nunca teve a sensação de parceria, liderança ou inovação nas vezes em comeu no Wendy’s com os filhos! ;-)

Para ele, algo simples como “healthy fast food” (fast food saudável) é perfeito. Sua empresa tem um MANTRA? A minha ainda não, mas tem um a caminho!