Pessoal,
Para começar, reproduzo aqui um post publicado originalmente no Blog Insight Estratégico (www.insightestrategico.com.br) que fala sobre um assunto muito interessante em Estratégia.
Nesse post, trato acerca de Liderança Estratégica e Criação de Valor. Mas por que falar sobre Liderança e Estratégia? Porque acredito que as estratégias são concebidas pelos líderes das organizações e precisam ser corretamente implementadas para que as mesmas fluam adequadamente pela empresa através de seus gerentes, atingindo os objetivos almejados.
Vasculhando alguns artigos, achei um muito interessante de W. Glenn Rowe, Doutor em Administração pela Texas A&M University, Professor e Reitor Associado do Programa de Pós-Graduação e Pesquisa da Faculty of Business Administration da Memorial University of Newfoundland (Canadá), publicado na RAE (Revista de Administração de Empresas) em 2002, mas mesmo assim ainda muito atual.
Rowe discorre no artigo a respeito da criação de valor tanto nas organizações recém-criadas quanto nas já estabelecidas, evidenciando que criação de valor é uma tarefa complexa e desafiadora. Ele diz que liderança estratégica cria condições favoráveis para esse processo e para a maximização do retorno sobre o investimento. Rowe diz ainda que a liderança gerencial provavelmente conseguirá, no máximo, retornos equivalentes à média dos retornos.
As organizações lideradas por visionários que não possuem apoio de uma liderança gerencial sólida podem perder seus recursos até mais rapidamente do que as dirigidas por líderes gerenciais. Assim, o artigo de Rowe define liderança estratégica e diferencia os conceitos de liderança estratégica, visionária e gerencial. Além disso, analisa os diferentes vínculos entre esses três tipos de liderança e a criação de valor. Quando as organizações restabelecem o controle estratégico e permitem o desenvolvimento de um grupo de líderes estratégicos, eles serão fonte de maximização do retorno sobre o investimento. O resultado será a criação de valor para os funcionários, clientes, fornecedores e acionistas.
Para ilustrar a liderança estratégica, Rowe usa o exemplo de Howard Schultz, principal executivo da Starbucks. Schultz adotou estratégias que mudaram completamente o mercado de café no qual sua empresa atua (Mintzberg et al., 1998). Quando a comprou do proprietário original, em 1987, havia 6 lojas e 100 funcionários. Em 1996, a Starbucks tinha 1.300 lojas e 25 mil funcionários e atuava na América do Norte e no Japão. Até o final do ano fiscal de 1999, a Starbucks tinha 2.498 lojas (363 delas eram franqueadas e as restantes pertencentes à empresa) e 35.620 funcionários e já atuava no Canadá e no Reino Unido. As vendas e os lucros aumentaram mais de 50% anualmente por seis anos consecutivos, e o valor das ações, dez vezes de 1992 até 1997. Apesar de as vendas e lucros terem diminuído a partir de 1997, ainda continuaram expressivos, aumentando 29% e 50% respectivamente de 1998 a 1999. Rowe evidencia que a filosofia de Schultz ilustra a postura de um líder estratégico.
Ele correlaciona a postura de Schultz em priorizar e zelar por seus funcionários, uma vez que eles são os responsáveis por estabelecer uma relação estreita com os clientes, como atitude característica de um líder estratégico. Rowe argumenta que Schultz acredita que, se seus funcionários fizerem bem isso, a Starbucks cumprirá sua missão de “educar” os clientes sobre as vantagens de beber café sofisticado e criar uma atmosfera que atrairá as pessoas a suas lojas, “transmitindo-lhes uma sensação de encanto e fantasia em meio a sua vida atribulada” (Schultz e Yang, 1997; Starbucks, 1997).
O autor mostra ainda que essa postura proporcionara um crescimento, em longo prazo, no valor para o acionista. De 1992 – ano em que a Starbucks abriu capital – a 1998, seu Valor Adicionado ao Mercado (VAM) aumentou de US$ 0,41 bilhão para US$ 4,26 bilhões, representando um crescimento no patrimônio do acionista de US$ 3,85 bilhões (Walbert, 1995; Ross, 1996, 1997, 1998, 1999).
Dessa forma, Rowe acredita que "tal valorização reflete uma empresa comandada por um líder estratégico. Segundo Rowe, Liderança Estratégica é a capacidade de influenciar outras pessoas a tomar, de forma voluntária e rotineira, decisões que aumentem a viabilidade em longo prazo da organização, ao mesmo tempo em que mantêm a estabilidade financeira em curto prazo. A liderança Visionária tem o futuro em vista e implica correr riscos. A percepção de líderes visionários sobre si próprios não é vinculada à organização e, sob sua liderança, o controle organizacional é mantido por meio da socialização e da conformidade com um conjunto de normas, valores e opiniões em comum."
A liderança gerencial, segundo Rowe "envolve, além da estabilidade e ordem, a manutenção do status quo. Os líderes gerenciais sentem-se melhor quando lidam com atividades rotineiras e têm o curto prazo em vista. Os resultados excepcionais de VAM alcançados pela Microsoft (US$ 420 bilhões), GE (US$ 360 bilhões) e Coca-Cola (US$ 169 bilhões) desde a criação dessas empresas até o final de 1998 sugerem que Bill Gates e Jack Welch são líderes estratégicos, à semelhança de Robert Goizueta, já falecido (A conversation, 1995; Sellers, 1996; Morris, 1995).
Por outro lado, em contraponto, a contínua desvalorização do patrimônio dos acionistas por empresas como a General Motors (VAM negativo de US$ 17,9 bilhões ao final de 1998) e o Kmart (VAM negativo de US$ 1 bilhão ao final de 1998) indica a falta de liderança estratégica. A falta de liderança estratégica e o predomínio da liderança gerencial são problemas importantes enfrentados pelas organizações e continuarão persistindo, a não ser que membros do conselho e executivos entendam a questão e as diferenças entre líderes gerenciais, visionários e estratégicos.
Portanto, de forma bem resumida, Rowe enumera exemplos práticos que nos mostram que liderança estratégica normalmente leva à criação de valor aos acionistas, crescimento de receita, de participação de mercado, lucratividade, rentabilidade, etc.
No próximo post discorrerei mais sobre esse assunto...Quero, agora, instigar os leitores a questionar as idéias de Rowe. Serão estas verdades absolutas ou relativas?
Para começar, reproduzo aqui um post publicado originalmente no Blog Insight Estratégico (www.insightestrategico.com.br) que fala sobre um assunto muito interessante em Estratégia.
Nesse post, trato acerca de Liderança Estratégica e Criação de Valor. Mas por que falar sobre Liderança e Estratégia? Porque acredito que as estratégias são concebidas pelos líderes das organizações e precisam ser corretamente implementadas para que as mesmas fluam adequadamente pela empresa através de seus gerentes, atingindo os objetivos almejados.
Vasculhando alguns artigos, achei um muito interessante de W. Glenn Rowe, Doutor em Administração pela Texas A&M University, Professor e Reitor Associado do Programa de Pós-Graduação e Pesquisa da Faculty of Business Administration da Memorial University of Newfoundland (Canadá), publicado na RAE (Revista de Administração de Empresas) em 2002, mas mesmo assim ainda muito atual.
Rowe discorre no artigo a respeito da criação de valor tanto nas organizações recém-criadas quanto nas já estabelecidas, evidenciando que criação de valor é uma tarefa complexa e desafiadora. Ele diz que liderança estratégica cria condições favoráveis para esse processo e para a maximização do retorno sobre o investimento. Rowe diz ainda que a liderança gerencial provavelmente conseguirá, no máximo, retornos equivalentes à média dos retornos.
As organizações lideradas por visionários que não possuem apoio de uma liderança gerencial sólida podem perder seus recursos até mais rapidamente do que as dirigidas por líderes gerenciais. Assim, o artigo de Rowe define liderança estratégica e diferencia os conceitos de liderança estratégica, visionária e gerencial. Além disso, analisa os diferentes vínculos entre esses três tipos de liderança e a criação de valor. Quando as organizações restabelecem o controle estratégico e permitem o desenvolvimento de um grupo de líderes estratégicos, eles serão fonte de maximização do retorno sobre o investimento. O resultado será a criação de valor para os funcionários, clientes, fornecedores e acionistas.
Para ilustrar a liderança estratégica, Rowe usa o exemplo de Howard Schultz, principal executivo da Starbucks. Schultz adotou estratégias que mudaram completamente o mercado de café no qual sua empresa atua (Mintzberg et al., 1998). Quando a comprou do proprietário original, em 1987, havia 6 lojas e 100 funcionários. Em 1996, a Starbucks tinha 1.300 lojas e 25 mil funcionários e atuava na América do Norte e no Japão. Até o final do ano fiscal de 1999, a Starbucks tinha 2.498 lojas (363 delas eram franqueadas e as restantes pertencentes à empresa) e 35.620 funcionários e já atuava no Canadá e no Reino Unido. As vendas e os lucros aumentaram mais de 50% anualmente por seis anos consecutivos, e o valor das ações, dez vezes de 1992 até 1997. Apesar de as vendas e lucros terem diminuído a partir de 1997, ainda continuaram expressivos, aumentando 29% e 50% respectivamente de 1998 a 1999. Rowe evidencia que a filosofia de Schultz ilustra a postura de um líder estratégico.
Ele correlaciona a postura de Schultz em priorizar e zelar por seus funcionários, uma vez que eles são os responsáveis por estabelecer uma relação estreita com os clientes, como atitude característica de um líder estratégico. Rowe argumenta que Schultz acredita que, se seus funcionários fizerem bem isso, a Starbucks cumprirá sua missão de “educar” os clientes sobre as vantagens de beber café sofisticado e criar uma atmosfera que atrairá as pessoas a suas lojas, “transmitindo-lhes uma sensação de encanto e fantasia em meio a sua vida atribulada” (Schultz e Yang, 1997; Starbucks, 1997).
O autor mostra ainda que essa postura proporcionara um crescimento, em longo prazo, no valor para o acionista. De 1992 – ano em que a Starbucks abriu capital – a 1998, seu Valor Adicionado ao Mercado (VAM) aumentou de US$ 0,41 bilhão para US$ 4,26 bilhões, representando um crescimento no patrimônio do acionista de US$ 3,85 bilhões (Walbert, 1995; Ross, 1996, 1997, 1998, 1999).
Dessa forma, Rowe acredita que "tal valorização reflete uma empresa comandada por um líder estratégico. Segundo Rowe, Liderança Estratégica é a capacidade de influenciar outras pessoas a tomar, de forma voluntária e rotineira, decisões que aumentem a viabilidade em longo prazo da organização, ao mesmo tempo em que mantêm a estabilidade financeira em curto prazo. A liderança Visionária tem o futuro em vista e implica correr riscos. A percepção de líderes visionários sobre si próprios não é vinculada à organização e, sob sua liderança, o controle organizacional é mantido por meio da socialização e da conformidade com um conjunto de normas, valores e opiniões em comum."
A liderança gerencial, segundo Rowe "envolve, além da estabilidade e ordem, a manutenção do status quo. Os líderes gerenciais sentem-se melhor quando lidam com atividades rotineiras e têm o curto prazo em vista. Os resultados excepcionais de VAM alcançados pela Microsoft (US$ 420 bilhões), GE (US$ 360 bilhões) e Coca-Cola (US$ 169 bilhões) desde a criação dessas empresas até o final de 1998 sugerem que Bill Gates e Jack Welch são líderes estratégicos, à semelhança de Robert Goizueta, já falecido (A conversation, 1995; Sellers, 1996; Morris, 1995).
Por outro lado, em contraponto, a contínua desvalorização do patrimônio dos acionistas por empresas como a General Motors (VAM negativo de US$ 17,9 bilhões ao final de 1998) e o Kmart (VAM negativo de US$ 1 bilhão ao final de 1998) indica a falta de liderança estratégica. A falta de liderança estratégica e o predomínio da liderança gerencial são problemas importantes enfrentados pelas organizações e continuarão persistindo, a não ser que membros do conselho e executivos entendam a questão e as diferenças entre líderes gerenciais, visionários e estratégicos.
Portanto, de forma bem resumida, Rowe enumera exemplos práticos que nos mostram que liderança estratégica normalmente leva à criação de valor aos acionistas, crescimento de receita, de participação de mercado, lucratividade, rentabilidade, etc.
No próximo post discorrerei mais sobre esse assunto...Quero, agora, instigar os leitores a questionar as idéias de Rowe. Serão estas verdades absolutas ou relativas?
29 comentários:
O Texto "Liderança Estratégica e Criação de Valor" aborda diferentes aspectos relativos a gestão nas empresas, buscando o seu crescimento e a criação de valor, tanto para a gerência, como para acionistas e colaboradores.
Assim sendo,as organizações necessitam de líderes que atuem tanto de forma gerencial quanto estratégica no seu dia-a-dia para que possam manter suas estruturas e garantir a sua evolução,criando valor para a empresa e adequando as sus práticas para um mercado cada vez mais competitivo.
Acredito que estas são verdades relativas, já que existem várias possibilidades numa empresa.Ela depende da situação e do que se faz necessário no momento. A liderança da empresa agregará valor quando ela se adequar às situações que lhe são impostas. Por exemplo, não podemos ter uma equipe criativa e motivada p/ fazer uma campanha publicitária tendo um lider gerencial, coercitivo. Porém, tendo um líder visionário,com estilo Laissez faire, é possível que se perca o foco. No entanto um líder estratégico seria a combinação dos dois não deixando de cumprir com seu propósito, mas impondo-se no momento certo.
A teoria muitas vezes é difícil de ser colocada em prática. A realidade das empresas torna isso evidente. Acredito que as estratégias diferem de uma organização para outra de acordo com seus objetivos e sua cultura. Concordo com a importância que deve ser dada aos colaboradores. Mas, para estes tomarem decisões próprias é preciso que a empresa transmita seus objetivos de forma clara, e que os funcionários sintam-se motivados para cumpri-los, agregando valor para a organização.
O texto é bastante interessante, no entanto acredito tratar de verdades relativas, uma vez que tudo dependerá do perfil da empresa e das características dos funcionários. De nada adianta dar plena liberdade aos funcionários se esses não souberem usá-la produtivamente. A cultura parece ser a palavra-chave desta questão. Isso tanto é verdade que temos vários exemplos de líderes autoritários que, no entanto, apesar de toda repulsa a este típo de liderança, trouxeram grandes resultados. O memo é verdade pelo fracasso de empresas excessivamente "froxas" no trato com os colaboradores. Há pessoas que necessitam ser mandadas para serem produtivas e há outras em que o tão atual "ócio produtivo" traz-lhes produtivide. O essencial, portanto, é saber reconhecer o ambieente e adequar-se a ele da melhor forma possível.
Na minha opinião o texto trata de verdades relativas. A Liderança estratégica é fonte de maximização do retorno sobre o investimento, que automaticamente terá como resultado a criação de valor para os funcionários, clientes, fornecedores etc...Já uma liderança Visionária ou Gerencial em muitos casos trouxeram bastante resultados tanto positivos como negativos.Acredito ser necessário o conjunto de todos os líderes em determinadas situações dependendo da Cultura e dos Objetivos de cada Organização.
Acredito que as idéias de Rowe não sejam verdades absolutas, pois dificilmente uma única maneira de se liderar servirá perfeitamente para toda e qualquer organização.
Há um trecho do texto em que o autor diz que "Liderança Estratégica é a capacidade de influenciar outras pessoas a tomar, de forma voluntária e rotineira, decisões..."; creio que esta capacitação de fazer com que as pessoas que fazem parte de sua equipe se sintam encorajadas pelo líder e seguras para tomar decisões é de competência de qualquer líder. Aquele que não tiver esta competência, pode ser o gerente, o chefe ou o diretor da empresa, mas, certamente, não será o líder.
Considero o artigo muito radical em classificar a liderança nessas 3 características e ainda tentar definir qual é o melhor estilo. Não existe estratégia sem visão. A estratégia não pode ser posta em prática efetivamente sem o profissionalismo de ferramentas gerenciais. Para mim, está claro que os melhores resultados são trazidos pelo balanceamento certo para cada empresa. Portanto, considero o texto relativo. A liderança, hoje em dia, deve ser flexível e situacional para dar conta efetivamente dos diferentes cenários que se apresentam.
Lauren Predebon
Acredito ser uma verdade relativa. O estilo de liderança desenvolve-se diversificadamente nas organizações empresarias. Muitas organizações já estimulam e/ou desestimulam os diferentes tipos de liderança, adequando as pessoas que nela trabalham a terem valores para tomar as decisões e atitudes que elas querem; que melhor contribuam para atingir as metas e objetivos da empresa. Alé disso, existem pessoas capazaes de exercer mais de um tipo de liderança para adaptarem-se as características necessárias e valores que a organização trabalha.
Letícia Santos
Entendo que o líder deve utilizar o estilo de liderança compatível com os "recursos humanos" que possue, bem como com o mercado que atua (cliente e concorrentes). Isto inclusive é reconhecido por Rowe, quando considera difícil existir liderança estratégica na Administração Pública, uma vez que não possui condições necessárias para tanto, no caso, automia e proteção. Assim, caso a empresa tenha material humano qualificado e preparado para tomar decisões autônomas, inegavelmente um líder estratégico proporcionará a empresa maiores criações de valores, bem como maior maximização do retorno sobre o investimento, do que um líder gerencial. No entanto, em ambientes diferentes, como prepondera no mercado local, o líder gerencial será o que proporcionará melhor "perfomance" para a empresa.
Olá a todos,
Lendo este texto me lembrei de um livro que acho que todo mundo devia ler (se ainda não leram), eu sei que ele pode ser considerado um "best-seller" e por isso existe muita coisa que serve mais para auto ajuda do que como inspiração, mas ele é bem prático e o melhor é bem rápido para ler hehhehehe.
No livro "A arte da guerra: Sun Tzu", o autor cita em uma de suas passagens, os 5 fatores principais da GUERRA, e como sempre dizem que "os negócios são a guerra, a doença e a beleza moderna, Peter Druker (tradução livresca)", abaixo reproduzo os 5 fatores que podem muito bem ser comparados à uma planejamento estratégico bem elaborado...
1 - Influência moral: as tropas devem estar em harmonia com os seus líderes, de forma que todos estarão unidos para a vida e para a morte, sem temor do perigo fatal; (um chefe tem que ter a colaboração e o empenho das pessoas envolvidas)
2- o Tempo: Interação das forças naturais e a conduta das operações militaares de acordo com as condições climáticas; (temos que avaliar as condições do mercado e analisar possiveis estratégias para cada situação)
3- O Terreno: implica distâncias, atravessa-se com facilidade ou dificuldade, e as probabilidades de sobrivivência nele; (temos que analisar o segmento na qual estamos trabalhando e todas as variáveis possíveis para verificar o rumo a tomar)
4- O Comando: Engloba as qualidades do general: sabedoria, sinceridade, humanidade, coragem e severidade.
5- A Disciplina: respeito a hierarquia, organização, controle, atribuições de funções apropriadas, regulamento de rotas e suprimento e provisão dos itens usados.
Com certeza a liderança estratégica vem fazendo a diferença hoje nas empresas. Na liderança gerencial temos líderes com pensamentos lineares que ficam “sonhando” em fazer mudanças mas não tem a iniciativa de se arriscar, isso é muito comum nas empresas de ordem pública. A liderança visionária, apesar ter uma característica inovadora e criativa, sua estabilidade é a longo prazo e não consegue administrar a curto prazo. Já a liderança estratégica, seria um mix da liderança visionária e gerencial: os líderes se arriscam tentando concretizar algumas mudanças, incorporando novas estruturas para desenvolver o seu trabalho e tem segurança a curto e longo prazo. Quando li o post lembrei de uma entrevista do Luiz Felipe Scolari para a revista HSM Management, em fevereiro desse ano. Quando questionado sobre qual o seu tipo de liderança, ele se caracteriza por um líder psicólogo, por se importar mais com os jogadores e não só pelas estratégias dos jogos. Depois de eu ter lido o artigo do Rowe, acredito que ele seja um líder estratégico por saber futebol e lidar com as pessoas, fato comprovado ao assumir a seleção de Portugal, onde conseguiu controlar a rebeldia de Cristiano Ronaldo, e apostar em outros jogadores, como o goleiro Ricardo. Scolari definitivamente é um grande exemplo de liderança estratégica, não importa o país que ele está e o time que ele está comandando (Seleção Brasileira, Seleção de Portugal, Grêmio, Palmeiras), ele consegue transformar seus “funcionários” em colaboradores vencedores até mesmo sobre as maiores pressões e críticas.
Acho que o assunto abordado no texto se trata de uma verdade relativa. Obviamente que no contexto organizacional atual e exigências impostas pelo mercado uma liderança estratégica se mostra mais adequada. Este tipo de liderança busca a participação espontânea das pessoas em busca dos objetivos propostos. É mais fácil de adaptar às freqüentes mudanças intra e extraorganizacionais. Contudo, penso que cada organização pode exigir um tipo diferente de liderança. Tudo depende nas necessidades da mesma, pessoas que fazem parte e da cultura organizacional. Também depende bastante do tipo de trabalho proposto, e do comprometimento dos colaboradores. Eventualmente, uma liderança gerencial pode ser mais eficiente em um primeiro momento, para depois que houver uma organização coerente do trabalho e das pessoas se estabelecer uma liderança estratégica. Mas tudo depende da situação proposta.
Com certeza para um empresa grande e estabelecida no mercado, como as citadas, um estilo de liderança estratégica seria o mais apropriado. Para elas, a combinação da visão de futuro e estabilidade a curto prazo parece o melhor modelo. Estou generalizando, mas isso não necessariamente se aplica a todas as empresas de grande porte. Tudo depende do momento em que a empresa está passando, da estrutura da empresa, do quadro de funcionários e como esses reagem a cada tipo de liderança. Para empresas não tão grandes, porém, não acredito que haja um melhor modelo absoluto, e sim um melhor modelo que se adapte às necessidades da empresa. Algumas empresas pequenas mal conseguem manter estabilidade no presente, quanto mais se preocupar com estratégias futuras. Nesse caso um líder gerencial seria mais adequado para buscar uma segurança maior a curto prazo.
Acredito que seja verdade relativa já que são vários fatores que maximize a criação do valor como a cultura, finalidade corporativa e a historia. A liderança estratégica é simplesmente um plano de ação para conseguir alcançar um objetivo. Estratégia é um plano cujo objetivo é conectar fins, modos de agir e meios. A parte difícil envolve o pensamento necessário para desenvolver um plano baseado em conhecimentos, informações e dados incertos, ambíguos, complexos ou voláteis. A liderança estratégica implica tomar decisões que interessam a diferentes culturas, agências, agendas, personalidades e desejos. Já o líder visionário é capaz de compatibilizar atuação das rotinas diárias com estratégias da organização num processo contínuo de realização de etapas e resultados.
Quando se trata de tomar decisões e conseqüentemente implementar ações dentro de uma empresa, nunca existem verdades absolutas, mas sim, verdades de acordo com o contexto organizacional em que ela está inserida. Como se diz: “A administração é a profissão do depende”. Levando em consideração o artigo do Rowe, acredito que a Liderança estratégica assume papel importante em empresas já inseridas no mercado e que estão em busca de um diferencial competitivo no cenário de tanta concorrência em que se encontram. A partir desta liderança, os colaboradores são mais valorizados, pois sabem que o trabalho que executam é importante e reflete no alcance dos objetivos estratégicos da empresa, e com isso, sentem-se mais motivados a alcançar um bom desempenho. Assim, destaco a importância da atuação da área de Gestão de Pessoas alinhada ao Planejamento estratégico da empresa a fim de tomar as ações corretas a favor dos objetivos organizacionais, podemos citar como exemplo, a remuneração com foco em habilidades e competências.
Refletindo sobre o texto de Rowe, pode-se inferir que a liderança estratégica deve fazer parte das empresas para que haja um maior retorno dos investimentos, visto que, esta liderança engloba também as lideranças visionária e gerencial. Esta relação fica clara quando se compara estes três tipos de liderança: Liderança estratégica é a “capacidade de prever, imaginar, manter a flexibilidade, pensar estrategicamente e trabalhar com outras pessoas para dar início às mudanças que proporcionarão um futuro viável para a empresa”; Liderança Visionária tem o futuro em vista e implica em correr risco; Liderança Gerencial envolve estabilidade e ordem, lidam com atividades rotineiras e têm o curto prazo em vista. (Retirados do artigo de Rowe). Logo, para o autor, um líder estratégico pode criar mais valor que um líder visionário e um gerencial juntos.
Entretanto, acredito ser esta uma verdade relativa. Acredito que as empresas precisam ter os três líderes agindo em conjunto, cada um com sua função. O líder estratégico sozinho não conseguirá fazer todas as funções que cabem a um líder. Acredito ainda, que a natureza da empresa, suas atividades e cultura também influenciam nesta situação. Por exemplo, como foi citado pelo autor Rowe, o Estado não permite que seus funcionários exerçam os estilos visionários e estratégicos de liderar.
Pela interpretação que fiz do texto, acredito se tratar de verdades relativas, uma vez que cada organização possui uma cultura que se diferencia das demais e isso faz com que o estilo de liderança apropriado para uma organização, não seja o mais adequado para outra.
A liderança visionária e gerencial são vitais para a viabilidade da organização em longo prazo e a estabilidade financeira em curto prazo. Porém, em um ambiente de grandes transformações e cada vez mais competitivo, como o atual, a liderança estratégica é a mais adequada. Ela é capaz de promover mudanças, gerar conhecimento e criar inovações, proporcionando o crescimento das organizações, bem como o desenvolvimento das pessoas vencendo assim, o desafio da concorrência.
Acredito que o texto de Rowe apresenta verdades relativas, pois o estilo de liderança em uma empresa depende de uma série de fatores. Concordo que a liderança estratégica seja a mais adequada, porque os líderes estratégicos sonham e tentam concretizar seus sonhos, os gerenciais nunca param pra sonhar e os visionários apenas sonham. Mas como já dito anteriormente, depende de cada organização, assim como o autor coloca, em uma instituição pública, as pessoas tem capacidade de exercerem liderança estratégica e visionária, porém a natureza do governo impede que esses estilos se desenvolvam, dando lugar à liderança gerencial. Dessa forma, a liderança estratégica apresentando o melhor estilo de liderança, pois é uma combinação dos dois estilos de liderança.
Aline Magalhães
Claramente as idéias de Rowe não podem ser definidas como verdades absolutas, as empresas possuem suas peculiaridades, sejam elas na adoção de sua estratégia, na definição de seu posicionamento e de suas ações no mercado. Dependendo da forma como esta analisa o mercado e projeta cenários. A liderança estratégica, se comparada aos demais modelos mostra-se mais realista e aplicável com mais facilidade a um maior leque de empresas por mostrar-se mais acessível ao entendimento dos membros da organização e justificar-se por uma metodologia de elaboração realista. Além disso, ela pode possuir características presentes nas outras formas de liderança sem que isso cause mudanças na sua essência. Pode-se ser visionário tendo-se como alicerce um planejamento estratégico bem elaborado.
Acredito que o tema tratado por Rowe é uma verdade relativa relacionado a gestão organizacional. Dentro de um mercado com diferentes culturas e necessidades não podemos padronizar uma forma de gestão e sim modelar tal gestão de acordo com os objetivos da organização. Concordo com o autor em relação a importância depositada nos colaboradores já que estes são a "cara" da empresa, porém, para que eles sejam capazes de tomar decisões que contribuam para o desenvolvimento organizacional devem estar alicerçados em uma empresa de cultura e objetivos claros e gerentes capazes de transmitir e fazer com que eles se sintam plenamente capazes auxiliar na tomada de decisões em prol a organização.
Acredito sim na liderança estratégica e seus infinitos benefícios para com a organização, porém, meu ideal de sucesso na organização seria a combinação dos diferentes estilos de liderança apresentados, de acordo com a situação em que a empresa se encontra e a cultura estabelecida no ambiente que ela está inserida, só essa combinação pode elevar a organização a um patamar diferenciado da concorrência.
Depois de ter lido o texto vejo que o tipo de liderança vai depender muito do contexto que está inserido a empresa. A liderança estratégia parece se encaixar melhor nas empresas atuais, pois combinam em sinergia os outros dois tipos de lideranças citadas pelo texto (gerencial e visionária). Mas eh claro que concordo que em um primeiro momento o líder deve ter atitudes gerenciais, até pq para garantir o controle da situação e fazer com que as pessoas sintam-se parte da organização. Pq assim acredito que a organização possa manter sua estrutura, criando valores que a torne sólida para prosperar em um mercado que cada vez mais torna-se competitivo.
A abordagem do texto é muito interessante em função de estabelecer uma relação prática de um estilo de liderança com o resultado obtido por esta e destacar características que supostamente levam a este resultado. No entanto, em minha opinião, trata-se de uma verdade relativa, pois a própria estratégia levará a um posicionamento relativo ao mercado. Logo é insuficiente afirmar que as características de um líder sejam por si só, responsáveis pelo sucesso ou fracasso de um empreendimento, sendo sim um fator de extrema relevância para isso, combinado a outros fatores que contribuam para esse fim.
Acredito assim que a liderança estratégica seja uma mesclagem dos outros dois estilos de liderança. Seria mais ou menos como dirigir a noite por uma estrada. Uma liderança visionária se preocuparia com o destino, que fica, digamos a 300 Km... uma liderança gerencial se preocuparia com os 100 ou 200 m a frente que estão iluminados pelo farol do carro, baseado nos 200 m que já foram transcorridos, e uma liderança estratégica se preocuparia com essas duas coisas e ainda com as condições do tempo e da estrada, quantidade de combustível, quantos postos existem no trecho, etc... Talvez os três cheguem sem problemas, mas quem estabelecer uma estratégia, correrá menos risco.
Peço desculpas pelo atraso, mas, por algum problema, não havia recebido os emeios anteriores.
Obviamente que não podemos considerar que as verdades de Rowe sejam absolutas, uma porque parte da Administração é arte, onde há não definições claras, específicas e/ou pradronizadas para todas as situações. E se tratando o ambiente organizacional, acredito que práticas de liderança estratégica sejam importantes, mas o estilo de liderança de uma empresa será ditado pela cultura organizacional da mesma e também onde a empresa quer chegar, ou seja, sua visão.
Acredito que os conceitos definidos por Rowe sobre liderança estratégica, visionária e gerencial e seus efeitos e reflexos gerados sobre as organizações gerenciadas por líderes com estes perfis seja uma verdade quase absoluta.
Pois nem totas as empresas que são geridas por líderes estratégicos apresentam os melhores resultados de criação de valor para os acionistas, crescimento de receita, de participação de mercado, lucratividade ou aumento da rentabilidade. Há organizações que são comandadas por outros tipos de líderes (visionários e gerenciais) definidos pelo autor que apresentam crescimentos sustentáveis e significativos. Porém, concordo com o autor que grande parte das empresas que teêm líderes estratégicos na sua frente tendem a conseguirem melhores resultados tanto no curto como no longo prazo.
Até porque nenhuma organização apresenta somente um tipo de líder citado pelo autor e sim uma mescla de líderes com diferentes perfis e comportamentos. O que de fato guia as empresas na conquista de ótimos resultados são os valores, as crenças e cultura de cada organização. Tudo isso está representado na estratégia empresarial e na vantagem competitiva que cada empresa consegue obter com todas as pessoas que formam estas entidades empresariais.
Um abraço e até outra postagem...
Creio que o texto resume e simplifica uma realidade bem complexa que é a forma de liderança e seus resultados, particularmente acredito que a forma de liderança seja um continuum que alterna de um extremo ao outro que vai da liderança gerencial, unilateral e coercitiva até a liderança totalmente democrática e participativa, onde a aplicação de cada uma destas seria de acordo com o momento, a situação, a empresa e a pessoa e no momento em que se toma esta postura variável e consciente frente as suas equipes e seus recursos, você está de certa forma sendo estratégico e inteligente em adequar a melhor forma de administrar e liderar para garantindo os melhores resultados e conseqüentemente aumentar o retorno sobre o investimento. Devemos ser visionários em tomarmos atitudes que mudem as características da empresa que acreditamos não ser as melhores, como os recursos a que ela dispõem, a cultura das pessoas da empresa, as ferramentas de administração aplicadas, os parceiros que ela se relaciona, sempre com uma postura variável e inteligente na hora de administramos as pessoas e os recursos.
Rodrigo Costa de Oliveira
Acredito q o conteudo apresentado no artigo ressalta a importancia da liderança estrategica nas organizaçoes, visto a importancia de um lider q pensa estrategicamente, diferente da liderança visionaria e gerencial no sentido d criar e implementar uma estrategia para a empresa q maximize os retornos sobre os investimentos, diferindo da gerencial q procura manter estabilidade e ordem, com clima organizacional ate certo ponto estagnado, buscando assim a criaçao de valor
Acredito que estas são verdades relativas, visto que cada empresa apresenta um cenário diferente. Creio que as empresas devam dar liberdade para seus colaboradores exporem suas idéias, porém para que isso de certo é necessário que haja um suporte adequado, para que essas idéias sejam aproveitadas da melhor maneira possível. Porém isso depende muito da cultura organizacional da empresa e de sua flexibilidade na relação as formas de liderança.
ACREDITO QUE A GESTÃO E A LIDERANÇA IMPOSTAS VARIAM MUITO, DEPENDEM DA PERSONALIDADE DE QUEM ESTÁ NO COMANDO.
PARA QUE AS ESTRATÉGIAS SEJAM POSTAM EM PRÁTICA ACREDITO QUE DEVE HAVER PLANOS JÁ ESTABELECIDOS E COM OBJETIVOS E METAS BEM CLAROS E QUE TODOS DA ORGANIZAÇÃO TENHAM CONHECIMENTO.
É ISSO!
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